Quando não te vejo
Quando não te vejo
O dia parece infértil
A grama não tem perfume
As crianças correm sem risos
Brincam os pássaros sem graça
Não tenho vontade de lutar
Por mim, nem por ninguem
Passa a manhã, passam os homens
Como quem segue para os quarteis
A moça triste inda é mais triste
Quando não te vejo
As tardes cansadas não dançam
Para o ritual da noite
Que anoitecem por anoitecer
Ja que não estás aqui
Passa a noite, volta o dia
Tudo é feito de agonia
Em mudas janelas que me espiam
Ausencia, cansaço, melancolia