CONVERSANDO COM O LIRISMO

Sou afeita a manifestações de afeto.

Minha alma é assim! diz que não,

Mas no fundo, sim.

Ela te quer sim.

Minha voz berra por poemas liquefeitos.

Desses que lidos, lubrificam a alma,

Amaciam a vida ,

E sorriem para mim.

Sou livre ao extremo e me prendo

Nessa filosofia vã:

Onde a liberdade de criar-te é tão grande,

que me aprisiono.

Amanhã,não sei mais o meu destino

Se reinarei livre pelos seus campos literários

Ou se estarei prisioneira

de uma caneta e de um papel.

É uma luta essa de viver pra ti,lirismo!

Matutino,Vespertino ou Morcego

Qualquer hora do dia me leva ao léu...

Paranóias que me arrastam do inferno ao céu!

Céu de luzes que fulguram num despertar de uma idéia...

Infernos que me torturam quando a idéia de mim foge...

E nessa dor de parir-te e de escrever-te,ó criança,

Não sei mais se você é dom ou é doença.

Bú,30/10/11

(7:45 am - Ressaca BRABA de conhaque...)

Bú Martins
Enviado por Bú Martins em 30/10/2011
Reeditado em 31/10/2011
Código do texto: T3306334
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