ROSA BRANCA
Meu Deus tende pena da rosa
Que sobrou naquele jardim
Sem água, ao sol, mas frondosa
Assim.
Rosa branca na sequidão do espaço
Ali vívida no jardim em fracasso
Persiste ao tempo, maus tratos, ao calor
Vigor.
Sem canteiro algum, rosa perdida
Terra seca em vão lhe tenta matar
Seu perfume quer censurar
Proibida.
Rosa branca, alma em efervescência
Sequidão, solitária, isolada
Ainda a beleza admirada
Resistência.