O Beija-flor Narciso

Ele se viu refletido na vidraça.

Enganou-se!

Achou que era flor cintilante.

Decepcionou-se.

Era sua imagem refletida.

Dançou diante de sua imagem por segundos.

Contemplou-se.

Não era a flor,

(mas era belo).

Suas asas ao Sol

Dispersavam brilhantes.

Joias da joia alada atiradas.

Enamorou-se.

Parecia narciso.

Convencido refletiu:

-É por isto que todas as flores abrem-se ao meu beijo.

Fez charme.

Olhou mais uma vez.

Virou-se e se foi.

Beijar e beijar,

quem dera pudesse beijar

a si mesmo

-seria amor e não flor.

L.L. Bcena, 29/05/2000

POEMA 509 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 28/10/2011
Código do texto: T3303051
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