Será Só Insanidade?
Desejei escrever sobre a caridade.
Queria sempre falar de coisas boas,
Mas tristemente as manchetes me trazem distração.
Considerei necessário o protesto em palavras.
O que aconteceu com as escolas?
O que há de errado com os alunos?
Onde estão os pais? O que fazem?
E os filhos? Onde estão? O que fazem?
Cadê o senso de justiça?
O que vende mais? A paz ou a violência?
Diga-me? O que mais vende? Um livro ou uma cultura inútil?
Loucura... Onde vai parar a insanidade humana?
Nossas crianças estão deixando de ser crianças. E o que estamos fazendo?
O que fizeram com a autoestima delas?
Não questiono de quem é a culpa.
Questiono o que deixei de fazer para mudar.
O ensaio já é realidade.
A miséria humana, antes civilizada, está exposta.
Ainda há o que esconder?
É claro! Ainda há cegueira.
Ainda não perceberam a cura.
Ainda nem sabem que estão cegos.
Solapam-se em seus discursos sem ações.
Em discursos de causa própria.
Ouvi que vendem propagandas, mas não lucram com a fome.
O descaso ainda assombra quem troca o almoço pela janta.
Suas imagens valem mais.
Têm mais valor que um prato quase vazio.
Como controlar as emoções?
Às vezes não sei mais dos meus sonhos.
Também não sei dos seus, já que tudo é mero acaso.
Mas o Amor ainda é soberano. Basta apenas comparar.