Hoje, presente... talvez ausente.
Hoje ...com cara de poucos amigos...
Hoje não quis conversa. Fui indiferente.
Não insisti, senti no rosto aquele ventinho...

Hoje...dei uma gargalhada vagabunda
Após observar como o tempo passou;
A infância, teve sabedoria, foi fecunda
Em experiências e só saudade deixou;

Hoje... somente hoje,no apartamento,
Lembro de palavras erradas...inadequadas
Abstratas, sem comprometimento...
Hoje...sem palavras , nem conversa fiada.

Hoje...troquei o papel de parede velho
Que materializou as emoções mais íntimas.
As novas, de hoje, são do ontem, espelho
Protetor, que bloqueia os bailes de irrazão.

Hoje...apenas hoje deixo voltar antiga
Infância; respiro o ar , mesmo poluído;
Com planos novos, e apenas como mendiga
Solicito relógios; quero o tempo perdido.