POEMA DE VIDA
Há tempos em que preciso
sumir...- Desejo uma límpida
Abstração de mim;
Preciso cair num mundo
De esquecimento
Esquecido, batido
De halo e limbo;
Há tempos em que tudo
O que desejo é a marca
Recôndita da mais distante
Das lonjuras...Ser um solstício
Afastado, talvez...
Então aproximo-me da janela
E a luz lusco-fusco
Me faz lembrar
Que sou apenas parte,
Parte num todo,
Mais ou menos
Como uma árvore descomunal
Na paisagem
Que nasce,frutifica e morre
Através da doce e fugidia
Boca do tempo
Sem se queixar
Das tempestades
Que povoaram seu caminho.