CHORO

As lágrimas deste choro
Descem pelo meu rosto
Percorrem o pescoço
Molhando o corpo
É o doído desgosto
Simplesmente solto
Numa manhã fria de agosto
Perdido no meu olhar torto.
Eu estou pouco a pouco
Indo rumo a um escopo
E num esforço louco
Tento te dar um soco
Por estares absorto
Meio visionário e revolto
Virando vagabundo imundo escroto
Inerte, insano, sem rumo, meio cachorro.
Eu estou rouco
Devido a bate boca absurdo
Para extravasar o dolo
Desde coração oco
Deste constante sufoco
Que pouco a pouco
Vai se tornando
Um enorme poço.
Eu corro... mordo
Sofro... e quase morro
Feito um reles bobo
Fazendo-me de fosso
Para ti sempre morno
E logicamente também disposto
A me fazer pouco a pouco
Ter incontrolável CHORO.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 27/10/2011
Reeditado em 24/09/2012
Código do texto: T3302137
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