Crack

 

Um trago

E um sorver todo cheiro intensamente...

 

O colorido forma-se de um encontro confuso

Entre o preto e o branco da visão nevoada.

 

O calor e o frio revesam na arte demoníaca

De tirar a vida mantendo vivo o corpo.

 

A alma resiste esgueirando-se sã

Por entre entranhas fétidas.

 

Dias e noites são indistintas

E o temor passa com uma pedra e fogo.

 

Segue-se evitando espelhos

Até que se deseja o beijo da morte.

 

Lábios inchados...

Vê-se que ela tem beijado muito.

 

 

*Dedicado ao flanelinha que circula em frente a faculdade que frequento. Hoje, pela primeira vez, o vi durante o dia... Agora entendo sua vida noturna e sua aversão por espelhos! E eu não sei o que fazer, sinto-me impotente... Um nada!

Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 27/10/2011
Reeditado em 27/10/2011
Código do texto: T3301118
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