RÚINAS DE UMA VIDA

As portas se fecham,

Os sonhos ficam para trás.

Caminho sozinha,

Levo comigo só a lembrança,

Como uma foto encontrada

Em meio a ruínas.

Mas continuo a caminhar,

Mesmo quase sem forças,

Vou...

Pra onde não sei.

Às vezes, paro no caminho.

Descanso...

Recolho meus trapos,

Coloco-os num saco

E continuo...

A fome aparece.

Às vezes, encontro algo.

Engano-a.

Pelo menos tento.

É sempre assim.

E eu às vezes acho

Que não existo.

Sabe,

Fui esquecida no tempo.