Escravas da alvorada

Belas meninas que não se escondem

nem as vergonhas, nem as culpas

muito menos as incertezas

Meninas que dançam, e se balançam

ao sabor do vento que se desloca

vagarosamente entre seus corpos

Belas moças, bonecas de louça

Pele fina, sentindo a brisa fria

da vida que refez seus destinos

já traçados, pelo tempo encarcerado

Belas roupas, que nada tapam

Vestidos sem cor, como o amor

perdido, em tantas promessas desfeitas

Belas meninas, vestidas, sem nada

Escravas da alvorada

Sem lembranças nem culpa

apenas um desejo acalorado

de que o amor já tão atado

um dia se liberte e fuja

para onde seus belos corpos

nunca poderão ir

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 27/10/2011
Código do texto: T3300797
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