Escravas da alvorada
Belas meninas que não se escondem
nem as vergonhas, nem as culpas
muito menos as incertezas
Meninas que dançam, e se balançam
ao sabor do vento que se desloca
vagarosamente entre seus corpos
Belas moças, bonecas de louça
Pele fina, sentindo a brisa fria
da vida que refez seus destinos
já traçados, pelo tempo encarcerado
Belas roupas, que nada tapam
Vestidos sem cor, como o amor
perdido, em tantas promessas desfeitas
Belas meninas, vestidas, sem nada
Escravas da alvorada
Sem lembranças nem culpa
apenas um desejo acalorado
de que o amor já tão atado
um dia se liberte e fuja
para onde seus belos corpos
nunca poderão ir