Tiros etíopes, gritos somalis (e vice-versa)
Face murcha de fraqueza e dor
Tempo perdido e de pausa
Cores secas, como a pele no osso
O que fazes?
O que fazes?
Tua morte nunca vai acabar
E teu tempo sempre será ontem
Dor fina, quando o osso fura a pele
O que dizes?
O que dizes?
Teus dentes, a mostra, não porque ris
Mas porque esqueceste da boca
Dor latejante, quando osso rasga o chão
O que choras?
O que choras?
Enquanto tentas roer teu próprio osso
Tentas também matar teu irmão,
Que dor, quando somos só ossos?
O que matas?
O que matas?
Tu mesmo?