Tiros etíopes, gritos somalis (e vice-versa)

Face murcha de fraqueza e dor

Tempo perdido e de pausa

Cores secas, como a pele no osso

O que fazes?

O que fazes?

Tua morte nunca vai acabar

E teu tempo sempre será ontem

Dor fina, quando o osso fura a pele

O que dizes?

O que dizes?

Teus dentes, a mostra, não porque ris

Mas porque esqueceste da boca

Dor latejante, quando osso rasga o chão

O que choras?

O que choras?

Enquanto tentas roer teu próprio osso

Tentas também matar teu irmão,

Que dor, quando somos só ossos?

O que matas?

O que matas?

Tu mesmo?

James Douglas
Enviado por James Douglas em 28/12/2006
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