O mistério do poeta
A Arte da viajosidade instaura o...o que mesmo, srs. leitores invisíveis? Ah...sim...
O mistério do poeta
Sentimento ou fingimento?
Eis o mistério do poeta!
A questão sofre um aumento
Quando a fala é mais direta?
O poeta é fingidor
Or put in fingers sua dor?
A resposta a critério do etéreo
e do leitor. E das musas.
O que são as musas, deusas? Zaratustras?
Antes eram. Sobremesas: néctar e ambrosia.
A grécia se construía à mitologia. O berço da poesia,
Fênix morta, ausência sincera da história. Sob cânticos
de-deusas-musas, as almas dos poetas -mudas- inspiravam musas
(seu ar), cantavam à terra, ah, terra..céu e mar,omar, omar...
heróis, gigantes e após...o caos, o tempo, o tudo e o nada.
O poeta inspira musa, respira verso e expira poesia.
Noite e dia, noite e dia, noite e dia, mais novecentas
e noventa e oito noturnas historietas de múltiplas faces
e intermináveis fins. Numa delas, as musas.
Na trigésima sétima história da nona noite, as musas.
Deusas de carne e osso desceram do divino ao mortal,
encontraram o poeta, o artista, o et cetera e tal, normal?
Menos mal, menos mal, menos mal...
Mal: benção e maldição. E o poeta, o artista e até o et cetera (etc.)
sofreram horrores de amores, ardores, penhores, suicidaram-se. História pura.
Figura para dizer que deram tudo ou mais(+)ao amor, e amaram a arte e a musa.
A musa virou deusa de letra, papel-tela e tinta. E etc e tal amou,
se entregou, se agarrou à musa (amusement). A musamante nuss, a mente deu nó
corrente e a musa amou amante um só in coerente?
A musa no fim virou pó. E pó é coisa. Coisa, qualquer coisa
pode ser toda a coisa e coisa nenhuma, musa agora é tudo-nada.
Anjo, fada, demônio, puta. A musa é a labuta que a gentem usa.
O poeta, ainda suicida, máscara de esfinge pergunta a la musa:
“Inspira-me, ou te devoro com as narinas”.
O poeta genocida para que a poesia-sobretudo-tenha sobrevida.
Eis o mistério do poeta: religião sem esperança nem noção
da lixa-verso-verso-lixa o re-verso. A Arte da viajosidade é In-verso.
Dija Darkdija