INOCENTEMENTE FELIZ

A felicidade é concreta,
No viver de gente pequena,
Realidade mesclada aos sonhos,
Esperanças até desnecessárias,
No presente de pura quimera.

Brincam de viver,
Vivem de brincar,
Vivem os heróis, são os heróis,
São as fadas, num faz-de-conta real,
Compondo o modelo ideal do viver,
Que se vai perdendo enquanto cresce.

Guardo poucas memórias,
Da minha vida menina,
Suficientes quase sempre,
Para afagar o infortúnio,
Compensar todas as dores,
Do pesar de ter crescido.

Queria pedir às crianças,
Um presente para gente grande,
Que ao menos me emprestem,
Sem condicionar devolução,
Seus segredos de bem viver,
Que fui esquecendo enquanto crescia.

Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 23/10/2011
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