Vazio de alma.
O coração nada entende do abandono,
Que vem pela manhã como vendaval,
Deposita todas as emoções no monótono,
Da inocência ferida no injusto tribunal.
Quem sonhou e deste recriou suas emoções,
Perdeu-se no caminho de suas concepções
Invadido em terra alheia e escusas intenções,
Revirada toda biografia como inundações.
São estes momentos que mortificam
Pelos desencantos de toda desconfiança,
De metralhadoras as rajadas massacram,
Como Enola Gay produziu sua matança.
Mas o coração teimoso também vive aos pulos,
Pois nada aprende nesta vida de revanche,
Ainda que fragmentado em tantos cacos,
Cisma de plainar suavemente na avalanche.
Toninho
22/10/2011.
“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.” Che Guevara