No ato de inventar
No ato de inventar
Engalfinhando nas idéias
Debruçando no ar
Hipóteses, análises, teorizações...
Meus pensamentos
Debulham enfurecidos
Divago
Me retardo, me proíbo
Indelével
Indefinido
Vejo meu fluido
Meu plasma desmedido
Será minh’alma que sangra?
Será meu corpo estendido?
Que recolhe suas entranhas
Embebido do veneno desconhecido?
No ato de inventar
Tenho esquecido
Daquilo que jaz inventado
Criado, concebido
Tenho desfigurado
O rosto esculpido
Da beleza beneplácita
Dos destemidos
Sonhos meus!