Inverno
Ele chegou.
Gélido.
Suas garras arranham
Mais do que facas afiadas.
Ferem.
Envolve o corpo
Como as serpentes marinhas
Envolveram Laocoonte,
Estrangulando-o.
Proteger-se
Pouco adianta.
Fere o corpo.
Deixa a mente preguiçosa.
Faz-nos sentir sono
HIPOTERMIA.
Vontade de ficar quieto
E dormir até ele passar.
Ah, inverno,
Frio inferno,
Como tu és cinza e feio!
L.L. Bcena, 22/05/2000
POEMA 489 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.