MEDO
Calava e ouvia o silêncio em extremidade
Já era tarde, não conseguia ver ninguém
Uma amargura recheava minha garganta
Gosto de sangue
O medo cutucava-me pela sombra
Que sumia quando me rodava a luz
Uma voz de refúgio aparecia
O filme lembrava a infância
Tardes que ferviam no meu cansado corpo virgem
Queria desesperadamente um coletar de amor
As perdas e horrores me deixavam saudades
Temores das lembranças que concordo provocam-me sina de não fugir.
Como um cinto de laço frouxo
A sua disciplina é falha pros meus planos
Você fez garoa cair dos olhos alheios
E um dia vai chorar tempestade.
Se sua faca tiver amolada, apunhala-me, dei-me uma morte.