As Flores de Meu Jardim
Dália,
Desfolhada,
Desgrenhada,
Transloucada,
Louca.
Despenteada se mostra em mil cores.
Miosótis,
Azuis,
Simples,
Singelos.
Rapazes encabulados
De mostrarem suas belezas.
Cravo,
Moço nobre,
Ferido de amor.
Esnoba suas cores
E seu perfume.
Rosa,
Majestosa,
Rainha.
Veste-se de veludo
E banha-se em alabrastos.
Cravina,
Miúda,
Singela
Moça recatada.
Margarida,
Sempre sorridente,
Alegre.
De dia
Possui o brilho do Sol
Em sua coroa.
De noite
Reflete a prata da Lua.
Ah, flores do meu jardim,
Como tem me ensinado
Que o importante é ser
E não ter:
Ser mais louco que responsável;
Ser prudente, o amor pode ferir;
Ser atraente e simpático;
Ser menos impulsivo;
Ser sorridente.
Ensina que tudo
E, sobretudo a vida,
É efêmero.
Cada dia um presente:
Um botão de flor se abre em meu amor.
L.L. Bcena, 22/05/2000
POEMA 488 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.