Auto-Retrato (um espelho de meus ossos).
Auto-Retrato (um espelho de meus ossos).
(djavam r. silva)
Estou novamente aqui,
Buscando nas palavras,
Encontrar o sentido de minha existência,
Sou um louco em busca de penitência,
Jurando aos céus que não mais fraquejarei.
Quantas vezes antes repeti esta mesma cena,
Como um filme em loop,
Que você sempre vê o mesmo final.
Alias, as vezes me perco nos tempos da história,
Já não reconheço onde é o fim e o começo,
Pois as vivo a cada instante
Em ordem aleatória.
Cômica e trágica minha história,
Igual a milhares outras de um mesmo fim,
Que vivem as sombras dos contos maravilhosos de Sheakespeare,
Pois são cruas, não possuem poesia.
Tentei fazer um livro de minha vida,
Mas sempre acabo em páginas riscadas,
Ou com trexos indênticos,
Isso mostra o qual fascinante é minha história,
Uma bela tela,
Que enxe os olhos somente de seu criador,
Sou um belo construtor de idéias geniais
Que se extendem as minhas gavetas,
Onde lá se encontram com os ratos e a poeira,
Signos do meu imenso progresso.
Mas um dia pelo menos uma página,
Nem que seja em uma tira de jornal,
Estará estampada alguma palavra minha,
Que seja ao menos:_pela minha vida, não sou culpado.