Felicidade. Mais uma poesia morta.

Palavras mortas e frias,

elas vem colidindo pelos meus pensamentos

nesses últimos tempos...

pequenas e sozinhas ilhas

se destruindo.

diga, diga pra mim como fazê-las parar

e, se fizer, tenha certeza de que eu esteja escutando

não posso mais palavras desperdiçar

ou alguma emoção

– meu coração,

ele já não bate por qualquer ilusão

e se ele já está quase morrendo

eu sei que a culpa é minha

e se eu o matei,

saiba que foi por querer

e eu não vou me arrepender.

eutanásia nessa sua coragem,

eu corto fora sua força de vontade

e percebo que quem perdeu fui eu...

é tarde demais.

mas, se quer saber,

há algo que resta nessa minha alma

se é bom ou ruim não é tão cedo que vou descobrir

você me pergunta se tentei matar minha alma também

e eu digo que não perdi meu tempo

– minha alma me mataria primeiro.

tudo que sei fazer são essas palavras juntas

unidas por ilusões

e junto algumas pontas

e dou um jeito de parecer bonito.

um perambulo das mentes,

minha imaginação voa presa

em uma jaula feita de você

então, adeus.

eu vou continuar por aí

vagando pelos meus pensamentos perdidos

e não vou me perguntar onde isso vai dar

se algo disso fizesse sentido

já era pra ter feito

há muito tempo.

deixo tudo de lado

desacreditei em tudo

não há fé alguma em mim

passei a descrever coisas loucas

que definem eu e você

e, no final,

tudo vai ser vago e simples

como eu sempre imaginei.

olha lá pro céu,

as nuvens perdidas

espalhadas e sem vida

esperando algo sem muita esperança

e o que vier, veio

– e não volta

é mais ou menos o que eu sou

e vai ser difícil deixar de ser

porque já veio

e não volta

e eu não ligo.