Urbano

Outra vez os cães ladraram

Os felinos miaram

Os pássaros voaram

Mais uma vez, um morto nasceu

Uma vida sorriu para a morte

e uma brisa de loucura soprou em meu rosto

Outra vez a cidade pulsa

sob as horas que não cessam em correr

como as doidas criaturas urbanas

Novamente, senti em mim um frio

Um vento gelado que me corta em dois

Duas almas em constante ressonância

Mais uma vez as ruas estão vazias

preenchidas pelo cheiro semi-humano

exalado por milhões de vidas inteligentes

Novamente essa cidade vibra

Mais uma vez esse labirinto se reconstrói

Outra vez estou perdido

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Poesia publicada originalmente no livro "Palavras vazias"

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 21/10/2011
Código do texto: T3289673
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