Urbano
Outra vez os cães ladraram
Os felinos miaram
Os pássaros voaram
Mais uma vez, um morto nasceu
Uma vida sorriu para a morte
e uma brisa de loucura soprou em meu rosto
Outra vez a cidade pulsa
sob as horas que não cessam em correr
como as doidas criaturas urbanas
Novamente, senti em mim um frio
Um vento gelado que me corta em dois
Duas almas em constante ressonância
Mais uma vez as ruas estão vazias
preenchidas pelo cheiro semi-humano
exalado por milhões de vidas inteligentes
Novamente essa cidade vibra
Mais uma vez esse labirinto se reconstrói
Outra vez estou perdido
---------------------------------------------------------------
Poesia publicada originalmente no livro "Palavras vazias"