Deserto

(Estrada Humana – Otávio Costa)

Desmontagens

Engrenagens

Absorvendo abusos

Necessidades não atendidas

Imperfeições

Cansados dias

Momentos alucinantes

Bebidos de um tempo amargo

No amargar do tempo

Destino jogado, perdido

Janeiros soltos

Sois escaldantes

Guitarra com cordas esticadas

Alucinações

Tudo que podia ser feito...

Manobras aritméticas

Literaturas perdidas

Desumanas leituras da vida

Sentidos dispersos

Amores perversos

Ajudas onde há Judas

Descobertas tardias

Respostas...

Práticas e manobras

Sonhos, pretensões

Efeitos desfeitos

Muito concerto

Nada conserta

Estradas esquecidas

Banho mal tomado

Palavras soltas

Sem verso aparente

Sentimentos despidos

Pensamentos perdidos

Vidas trocadas

Dias trancados

Predicado sem função

Ruas vazias

Ausências...

Pedidos perdidos

Volto a ser nada de novo

Viro este perto longe

Aberto nas portas do tempo

Esforços inúteis

Despedidas

No grande engano

Do Aterrissar.

Estrada Humana
Enviado por Estrada Humana em 27/12/2006
Reeditado em 27/12/2006
Código do texto: T328917
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