Princesa
Minha menina meiga,
De olhos verdes hipnotizantes,
Com suas longas e sensuais
Madeixas mescladas,
Seu toque suave e provocante,
Lábios de seda, sedentos, saborosos,
Calientes, estremecedores...
Arrebatadora do coração.
Que mágica é essa,
Tal poderoso encantamento,
Que lançaste contra mim?
Capaz de produzir fogo com um olhar,
Faíscas com um simples tocar,
E loucas explosões a um único sussurrar.
Com esse teu encanto,
Junto de tão linda princesa,
Senti-me um príncipe.
E ao adentrar o teu palácio,
Vivi alegria de rei,
Como adorador desta deusa.
Não faz mesmo sentido,
Porque contigo perco os sentidos,
Inverto o sentido dos meus sentidos,
Fico perdido em todos os sentidos.
Mas o coração não tem mesmo sentido,
Apenas sensações e emoções,
E o meu só sente que te quer,
E continuar sentindo esse momento.
Pois paira uma inexplicável sintonia,
Silencioso diálogo corporal,
Provocações de carícias não provocadas,
Espontâneas, simultâneas, recíprocas,
Voluntárias, mas incontroláveis.
Quando me aproximo do teu corpo
Suave, sedoso, cálido e incandescente,
Reacende em mim instantaneamente
Meu indomável objeto da paixão
E sou permeado pelo desejo
Emergente e ardentemente irrefutável
De satisfazer tamanha erupção.
Quando eu te toco,
É como uma corrente elétrica
De alta tensão
Percorrendo o meu corpo:
Estremece-me,
Desfalece-me
E incendeia-me
Em raios e trovões.
Menina-mulher,
Que me seduz, me domina e me conduz
Por caminhos resgatados,
Com um jeito novo de caminhar.
Me dá tua mão!
Quero percorrer a tua senda,
Adentrar teus mais íntimos mistérios,
Escalar tuas cordilheiras, escavar teus vales,
Deleitar-me em tuas profundezas,
E fazer parte irrepartível das tuas carícias.
(Catalão, 08/09/2011)