Chuva
Empurre meus olhos pra dentro da mente e me acorde
Antes que o céu se desfaça em minha cabeça
Raízes de luz que passam e arranham os ouvidos
Imaginava que a noite fosse tamanha
Esqueço o caminho em poças vazias e rasas
Do chão dessa casa repleto de garrafas de vidro
O que me distrai e conforta, me torna incompleto
E feche as janelas, o temporal é certo
Como a frieza do que pressinto:
Só vou acordar
Se, de sua mão, me soltar
O meu quintal é labirinto
Que deságua no mar no final
Quando tudo que tenho é finito...
Sumirei com o sonho também.
E o despertar sumirá com seu riso.