Lugares e destino: poesia 

Não sei bem de onde,
mas sei que saí, tendo resolvido partir,
mesmo sem saber para onde ir. 

Andando, sem saber por onde, fui indo...
Fui e cheguei, depois de muito andar,
a um lugar que sequer imaginara,
embora não soubesse ao certo onde aportara. 

Eu havia, então, conjeturado não gostar dali;
dali, daquele lugar.
E de fato, de lá não gostara.

Digo, porque o sentira, minha alma sequer se aquietava!
E não se me aquietara! 

E resolvi voltar!
Contudo, não voltei para o lugar de onde partira;
Vim para cá e aqui fiquei.
E se daqui eu for, não sei se pra lá eu voltarei.
A bem da verdade, nem sei para onde irei! 

Ei! Mas agora eu sei!
Dúvidas não mais me restam!
Cá mesmo ficarei,
pois aqui senti emoção
– coisa que alhures não me veio. 

É que vi em vós, poemas meus,
estradas em forma de canção,
que seguirei, poesia, viajando sem receio,
em versos, em prosa, a pena na mão...

Tudo pelo amor que enfim me sobreveio.

Imagem: Google - profjoaobeauclair.wordpress.com

AURISMAR MAZINHO MONTEIRO
Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 20/10/2011
Reeditado em 21/10/2011
Código do texto: T3288737
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