AGRAVO AO CRAVO

Aquele cravo

Nasceu ao léu

Numa cova rasa

No caminho de casa

Eu o vi certo dia

E o achei belo

Quis pegá-lo

Acabei me ferindo

Indo findo

Sucumbindo

A grogue abstração

Do sonho longo,

Que me tira o sono

Mas como, se no despertar

Eu acordo sob meu leito

Com uma faca cravada no peito

E o sangue a molhar o tapete

Que não passa de enfeite

Sem impar, sem par

Apenas singular...

No plural daquela noite

CHUVOSA DE CARNAVAL.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 20/10/2011
Código do texto: T3287033
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