Espelhos

Quem será esse poeta
que a vida atiça e cala,
faz da letra a própria festa
quando em silencio resvala?
Será ele um vampiro,
desses que o verso abala,
roubando gosto e suspiro
de um amor que jamais fala?

Só o ouvimos no deserto
da cidade ou do Saara.
Mago pobre e descalço
que a rima desampara...
Terá sido dele o dardo,
que inda hoje se dispara,
faz pular de uma cartola
fina flor, palavra rara?

Mas poeta, poetinha,
sinta-se bem nesta sala
espelhada (antes minha)...
Hoje em mil faces se espalha!


meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 19/10/2011
Reeditado em 17/11/2011
Código do texto: T3286033
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.