CONTRA-PONTO
Sou um cavalo alazão
Que percorre o tempo e o espaço
Sou um relógio sem os ponteiros
Tentando marcar os minutos e as horas
Sou um segundo da fração perdida
E o momento instantâneo sem conseqüências.
Talves seja o fim
Sem saber onde estou ou aonde irei
Sou o tudo de um nada
E o nada sem querer.
Sou o sonho cru com coisas
Sem conseguir tê-las em meu poder.
Talves seja um santo esquecido
Para quem ninguém jamais orou
Talves seja uma serpente venenosa
Que injeta veneno noutro ser,
Talves seja um algo imprevisto
Cheio de amor, paixão ou ódio...
Sou o fim de uma guerra
Sou o principio de uma paz
Sou o fim de uma dor
E o começo de uma felicidade
Sou o termino do rancor
E o inicio de um amor...
Sou um cavalo alazão
À procura da liberdade
Sou um triste fim
De um álbum de saudades.
Sou o fim de uma morte
Sou o principio de outra vida
Sou o fim de um caminho
E o principio de uma estrada
Sou o resto de uma felicidade
Onde se encontra
O inicio do meio e do fim....
A vida é assim
Enfim
Porfim,
Tem o seu fim....