Alberto (tristesse)

Quando tu, que vias notícias com uma revista em tuas mãos,

Sabias que era eu também

Quando tú espremias objetos com seus dedos leitosos,

Sabias que era eu também que ali estava

E por detrás de seus óculos existiu sempre um sonhador

Alguem que verás pássaros que não existem em árvores de quantum

Aqueles óculos foram contigo,

atravessaram o rio que o levou até um lugar desconhecido

Até uma praia gelada ou um mundo feito de tintas,

com um horizonte laranja, nuvens vermelhas.

Pés pisando alguma Lua, lugar que desconheço.

Ah meu querido! Se soubesse...

a vida é assim tão frágil

quanto um cristal recém-nascido

Se alguem , então pudesse ver os pássaros que viu

voando no vento frio

Ou se alguem podesse ver por detrás das lentes roxas

de seu mundo sem sentido

Verás que não partiu em vão!

Você foi de volta ao mundo das palavras de papel

E carregou contigo um pouco daquelas dores, do meu mundo

E dessa nossa verdade que é tão sua.

Denis Acorinte
Enviado por Denis Acorinte em 18/10/2011
Código do texto: T3284168
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