Paragem*
um dia...
saudades de uma era em que as marés
essas dos teus versos
eram mantos de espumas em [dias]
os sonhos eram liláses
com olores de madressilvas...
um dia...
os silêncios eram sempre perfumes
o meu olhar era um discurso
o teu nome uma almofada macia
para ser sonhado sílaba a sílaba
e o [dia] era uma maratona
de sonhos reais
de lúcidas utopias
em nevoeiros atemporais...
-um dia-
um dia serei-te voz que circunda
teu peito mareado
tua mão áspera da areia
nas procelas revolvendo dunas
das letras que se aproximarão
como apaixonadas- estrela e lua...
um dia...
Karinna*