QUEM MANDA?

Todo homem tem um pássaro

Em si

Todo homem tem um vôo

Que imagina

Todo homem tem um passo

Que claudica

Todo homem tem um sonho

A realizar

Todo homem tem uma sina

A seguir

O tédio ancora agora

No porto da alma do homem

Penso eu, a boca está morte

Perdura, atura todo mal zelo

Estéril, difícil de entender

A troca pelo troco do nome

A sentença está confirmada

Mataram o homem, já morto

Morto de fome de engano

Morto por falta de outro “homem”

Farrapos, jornais em noticias

É noite, em outro, clareia o dia

É outro o dia

Mais um dia, mais claro

A fuga refuga e chega

Aliciam o homem no tempo

O tempo passa

Desgraças aléias

O homem de terno inferno

Sendo a sombra de outro homem

E a interrogação persiste

Quem manda mais?

Quem compra quem?

Quem manda em quem?

Homem ou dinheiro?

Faltou o caráter