Ímpio “ser” humano

Recuso-me a aceitar a realidade

Àquela a que chamamos de verdade

Imbuída em total promiscuidade

Disfarçada de hipócrita santidade.

No niilismo da razão, contemplemos nosso “eu”

Na escuridão das promessas esquecemos quem somos

Quero! Não o que já tenho, mas, o que já é meu

Não vou te dar o que te pertence, mas, só o que já é teu.

Chega de quimeras e desejos vãos

Chega de martírio e sofrimento

Somos “impuros” , somos “ímpios”, mas, somos sãos

Somos a chama empírica do pensamento

Nos meus instintos sou pagão

Na minha moral sou cristão

Na minha mente impera a razão

E nos meus sentimentos a solidão