Sabedoria, desconfiança e medo
Minha trajetória foi um descontentamento das coisas mórbidas.
Uma situação que me fez discutir o meu eu comigo mesmo
E crescer aos trapos e barrancos
Não falo de crescimento físico
Falo de equilíbrio entre mente, corpo e espírito
Eu tive dificuldade de sentir o sentido
E descobrir o que não era proibido
É difícil amadurecer nesse entrelaço de vida
Posso pensar sem culpa e sem medo
As coisas que deixei escorrer entre o dedo
Estreitando o limite da exposição da minha figura
Juro que viver de sobejos de oportunidades
Nos conduz a uma auto-estima conturbada
Melancólica e ferida com o destino
Será que podemos culpar esse coitado
Que só exerce o seu papel, deixar o tempo correr
Possivelmente o ambiente exerce um pouco de culpa
Mas o momento que define nossa autonomia
É o espaço que define nossa sabedoria
Conhecer o novo sem aprofundamento
Questionar o que está em nossa volta
Não aceitar o que nos jogam a nossa porta
É difícil sair do labirinto
Mas entrar nele nos da coragem para vencer
E nos desenvolver
Para a vida e para o destino inacessível
Algo que não sabemos
No entanto senti-lo provoca uma situação de liberdade
E tudo mais só irá ficar na saudade.
Autor: zuker