SOU UMA RÉ, CONFESSO!

Trago comigo minha alma inflamada, dolorida;

Na certeza de não tê-lo mais, nunca mais!

Tornei-me insegura, jogada, quase desfalecida,

Rogando aos céus, por piedade, ouvir meus ais.

Os céus trancaram diante todos meus clamores.

Nenhuma fresta se quer para ouvir meu pranto.

Enlouquecida, jogo-me ao chão, entre lágrimas e suores.

Aos gritos, digo o que devo e não devo. santo! Santo!

Acalmai a minha insanidade. Reconheço meu pecado,

Meus desejos impossíveis. Perdão Senhor! Peço-Lhe perdão!

Não me condene por ter esse coração tão aloucado.

Tapo meu rosto envergonhada diante de estranha confissão.

Fugi de mim. Estressei-me. Sou uma ré, confesso!

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 16/10/2011
Reeditado em 16/10/2011
Código do texto: T3280543