SOU UMA RÉ, CONFESSO!
Trago comigo minha alma inflamada, dolorida;
Na certeza de não tê-lo mais, nunca mais!
Tornei-me insegura, jogada, quase desfalecida,
Rogando aos céus, por piedade, ouvir meus ais.
Os céus trancaram diante todos meus clamores.
Nenhuma fresta se quer para ouvir meu pranto.
Enlouquecida, jogo-me ao chão, entre lágrimas e suores.
Aos gritos, digo o que devo e não devo. santo! Santo!
Acalmai a minha insanidade. Reconheço meu pecado,
Meus desejos impossíveis. Perdão Senhor! Peço-Lhe perdão!
Não me condene por ter esse coração tão aloucado.
Tapo meu rosto envergonhada diante de estranha confissão.
Fugi de mim. Estressei-me. Sou uma ré, confesso!