Submersa
Nem mesmo a noite fria
Convencera-lhe de que não
Foi pelo sim da Lua,
dona da noite.
O vento embaraçava-lhe o cabelo
junto, a maresia.
Alguns poucos olhares atentos
Pescadores inertes,
um misto de medo e desejo
no que o mar cantava
Se despiu, entrou no mar
E, como uma sereia,
dançou por entre as águas
submergiu.
N'outro ponto surgiu
Um sorriso de invejar
à plateia estreante, miragem
A si mesma,
um parto.
Nascia ali ela mulher
dona de sua vontade,
fruto de seu desejo.