Submersa

Nem mesmo a noite fria

Convencera-lhe de que não

Foi pelo sim da Lua,

dona da noite.

O vento embaraçava-lhe o cabelo

junto, a maresia.

Alguns poucos olhares atentos

Pescadores inertes,

um misto de medo e desejo

no que o mar cantava

Se despiu, entrou no mar

E, como uma sereia,

dançou por entre as águas

submergiu.

N'outro ponto surgiu

Um sorriso de invejar

à plateia estreante, miragem

A si mesma,

um parto.

Nascia ali ela mulher

dona de sua vontade,

fruto de seu desejo.

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 16/10/2011
Código do texto: T3280441
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