Cenas de mundos medonhos
Maior que eu mesma, em mar me transformo
À vista dos olhos de terra
E clamores de submersos sonhos
Descargas elétricas
Cenas de mundos medonhos
Afundo barcos e a cor dos mares recomponho
Beijo os raios do sol
Tento descobrir a ilha, a sombra do monstro
Desfaço o horizonte, não mais espero
Não mais o espetáculo
Não mais dos versos velas vorazes vigas mastros
Da poesia áureo receptáculo
Faz-se a pausa dolente do infinito