SEMPRE O MESMO
eu despertei em um dia qualquer
explorando esse deserto dentro de mim
vasto mundo meu
o que faço com essa dor?
que ninguem pareçe entender
não sei o que trago em meu sangue
destino ou maldição,sou filho da noite
pelegrino errante,sem abrigo,sem direção
ressucitar a cada novo dia sentilo
como uma brisa,uma onda
com meus olhos postumos
que não enchegam beleza em nada
a escuridão que abrange minha alma
acende meu brilho artificial
seja normal essa vontade em mim
de sumir a cada por do sol
solitario,me criei sozinho
sigo sozinho,morro sozinho
assim minha linhagem se delui
passo a eternidade dos homens
desvendando surfando ondas
vidas em furia
vidas em guerra
vidas a venda
foi de novo sempre o mesmo
modismo desse patetico
homem medieval
vivendo mal e sempre igual
tangente, fuga das linhas
beleza das palavras perdidas
vazias mas com tudo sentido
foi de novo sempre o mesmo.....