Despedida


Partirei deixando os canteiros cheios de Flores,
Corações cheios de amores e
Lembranças cheias de boas cores,
Com bons tons que Deus deu,
Sentirei saudade do que foi bom,
Do que valeu,
Se bem que tudo vale a pena,
Tudo é aprendizado,
Até o amargo vira doce para o sábio,
Não saberíamos dar valor ao doce sem antes
O amargo quase nos deixar famintos,
Seguirei meu caminho por dentro do Caminho,
Farei o que Deus a mim pede sem receio,
Sou frágil, pequena,
Vaso de barro um tanto quebrado,
Um tanto ajeitado pelo Oleiro,
E quebra aqui, ajeita ali,
Para no fim chegar ao molde Perfeito,
Por isso que encaro meu caminho de peito erguido,
Com a sensação de tarefa cumprida,
Mesmo com meus erros e acertos,
Sou humana, falha, pecadora,
Mas sei quem está segurando em minha mão
E levando ao Caminho que vai me despindo
Dessa veste temporária, totalmente desnecessária
Quando eu partir daqui,
Estou partindo para outro lugar,
Ainda não chegou a hora de despir-me da casca física,
Preciso dela ainda por um tempo,
Tenho o renovo e a saúde que Deus me dá,
A oração como remédio para as dores,
O perdão para as feridas,
O Amor para os desamores,
Onde chegar irei continuar minha plantação de Flores,
Há canteiros precisando de terra boa e de semente,
Em todo lugar há sempre uma terra seca pedindo Água,
Estarei com meu pote sempre em minha mão,
A Palavra será meu instrumento Maior
Para acabar com toda a seca daquele Sertão.
Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 16/10/2011
Reeditado em 14/04/2021
Código do texto: T3279445
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