Nem o desespero de ser entre os vácuos da música

O ressecamento da luz de norte a sul

Parece algo como se dissesse

Veja a sua estrada de coisa alguma coberta

Note que a porta não está aberta

E depois siga, acredite, tudo está certo

E lá , no lugar onde termina

Não existe mais dor que o seu peito oprima

O vácuo da inutilidade do ser a espera

E jamais de coisa alguma haverá notícia

Um só fio do ninho

Uma só palavra

Haverá tão somente o absurdo do nada

E o fosso das coisas idas

Mortas

Decompostas

Ressequidas

Nem o desespero de ser entre os vácuos da música

taniameneses
Enviado por taniameneses em 16/10/2011
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