MARCAS
Quando partir deste mundo
Quero deixar marcas suaves
Como riscos de giz que apagam após a lição...
Marcas de bons sentimentos
Que tenham a leveza da brisa da manhã...
Quero que lembrem de mim
quando ouvirem o som dos pássaros
que deixam os ninhos por momentos e retornam com o alimento...
Desejo que o meu ser seja visto no amanhecer
e de repente, se alguma borboleta surgir
Lembrem-se... Vos saúdo na leveza do meu vôo...
Quero apenas deixar pelo caminho
o bailar das flores que enfeitam a vida
Que choram com a morte
e celebram o nascer diário...
Esta é a minha vontade
Mas... o meu ser ainda errante
Arranha... com os espinhos da Rosa que sou
Não desisto, ainda quero inspirar-me nos gizes etéreos do quadro da vida...