O Vôo da Borboleta
Mefistófeles regojiza-se em tamanha perfídia
Putanesca jovialidade imbuída em lascívia
Neófitos profanos em rituais ancestrais
Massacram fôlegos de vida para serem imortais
Sem piedade nem compaixão impõe pena capital
Aqueles que não seguem cegamente ao seu infame ideal
Seres vis em conluio luciferítico com seu criador
Pútridas chagas cruciformes, em nauseabundo odor.
Presas e garras, fogo e água, peçonha e doença.
Nascemos todos destinados a uma só sentença
Clamem aos surdos e se deixem guiar por cegos
Não importa o que façam, pela morte vão ser pegos.
Crisálida a esperar eternamente por suas asas
Apodreça e rasteje prisioneiro de sua santa casa
As bolgias de Alighieri já consomem tua pulpa.
Então voe borboleta que de pecado não tem culpa.