Grades Poéticas

Creio que alguém aprisionou

Aquele meu poema, lembras?

Não! Vedaram-me os olhos

Cerraram os meus punhos

Roubaram-me os segredos

Escalparam a minha identidade

Usurparam o meu amado poema

Quem foi o maldito? Era meu

Apenas meu, eu o amava tanto

Juntei as palavras, repletas de amor

Sentimentos nobres e tão puros

Busquei o manto da paz para ti

Descobri a esperança e fiquei feliz

Trouxe-te o céu carregado de anjos

Apenas! Para o meu amado poema

Eu, aqui aprisionada, esquecida

Entre grades, pedras e muita tristeza

Era o meu melhor poema, ao amor

E tu, oh! Poesia, infame descobriu

O melhor de mim, todos os meus desejos

Encarcerados no baú da minha perdição

Declarei a guerra e aprisionada fiquei

Chorando, triste pelo sumiço do meu poema!

Betimartins
Enviado por Betimartins em 15/10/2011
Código do texto: T3277355
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