Desalento
Por que começou assim?
Por que não esgota, só principia?
Sorriso largo, aberto,
Só ternura, dura agonia.
Agora os papéis não são suficientes
Sufocante o convívio desencontrado,
O léxico acabado,
O lirismo corrente...
Um leito estreito, sem deságüe
O soco prepotente...
E não há nada que desarrme
Ferida sem romper
Não há tempo que apague,
Não vivo sem dizer.