PRIMEIRA LÁGRIMA DE AMOR

Minha primeira lágrima verti

De amor, e na fusão de dor e espanto,

Deixei que me corresse em paz o pranto

E em soluços clamei em vão por ti.

No trilho desta lágrima, entretanto,

Conter o meu pesar não consegui,

Pois tudo que fascina e que sorri

De nada vale, diante o teu encanto.

E de ti não me afasto nem me ausento:

Se esta lágrima te é oferecida,

Pertence-te também meu sofrimento.

Sanção por desejar o que desejo,

Ai, pudera esta lágrima vertida

Secar-se pelo fogo do teu beijo!...

B S Pereira
Enviado por B S Pereira em 10/07/2005
Código do texto: T32750