Findando

Dormir sonhando acordado;

começo meio sem fim.

A derradeira hora,

a pulsação penúltima:

Por que agora?

Dessa agonia?

Por que esta dor?

Sereno lampejo de um meio sorriso,

quando o sangue ventila a veia

acenando ao coração:

Despedida.

É o ensaio de um finado suspiro.

Os olhos escurecendo

juntamente com sua imagem.

Serei assim, eu, morrendo

e meu amor se arrefecendo,

desencontrado.

Depois do fim,

ei de ser tronco - vivo

mas serei pedra.

ei de ser vento - forte

só serei som de água

evaporando

de silêncio em paz.

Quintino
Enviado por Quintino em 13/10/2011
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