PINTURA
Observando a paisagem
Do sol, do céu ou da garagem
Eu dou firmes pinceladas
Decididas ou canceladas.
Dou suaves para a grama,
Firmes para o sorriso.
Dou sem cor para o vento,
Meu amigo indeciso, que voa sem cessar
E espera o mundo acabar.
Talvez pintando esta casa eu reflita por um momento
Por que pinto este triste apartamento?
Por que as cores ganham vida quando colocadas,
Nos pincéis, nas telas ou nos potinhos de tinta.
Talvez seja porque, quando postas no papel
Quando pintadas pelas mãos humanas
Elas não se sentem mais planas,
Mas sim REAIS.