O Sonho

(I)

Sinto uma ausência à noite,

algo que não está lá,

uma cama vazia sob um teto frio,

sem esperanças no mundo a fora,

e as estrelas somem,

o luar se nega a me banhar,

sozinho não sou nada, nada sem você.

(II)

Nada mais faz sentido, calor do sol,

ele não alimenta meu espirito,

corpo cansado, coração negro e frio,

um homem em seus motivos,

que voltado para o lado mal;

sonhos ainda não esquecidos,

perdidos desejos de amor.

(III)

Se fora sem avisar, sem motivos,

não conseguiria pensar,

motivos para suas razões, que

nem eu, ou você poderemos encontrar;

me largando em desespero,

onde nenhum corpo com prazer possa me alimentar,

e tudo parece vazio, atos secos,

que só fazem minha morte se aproximar.

(IV)

É minha ultima parada, o destino final;

frente ao abismo do esquecimento,

d'onde alma alguma há de escapar jamais;

só a morte poderá agora acalmar,

em nenhuma lágrima mais me afogar.

Suicídio, se pro inferno me levar,

nenhum castigo pode ser pior, que

(estar) deitado na cama, sem você lá.

(V)

Ouço trovões e o brilho de terror,

uma voz toca meu coração,

fraco meu corpo é atirado ao chão,

escuridão preenchendo a vista,

a consciência se perde,

até que nada mais eu sinta.

(VI)

Olhos abertos em desespero,

ali você está, quieta a me observar,

o coração perde seu medo,

sabendo que de um mal sonho despertara.

(VII)

Lagrimas criam caminhos num rosto sorridente;

-Querido, o que há?- a voz questionar,

num beijo caloroso encontra a resposta,

enquanto seu corpo deito sob o meu,

para uma noite que desejaríamos,

que jamais viesse a terminar.

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 11/10/2011
Código do texto: T3271333
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