Da janela do avião
Aquela estrela estava ali exposta,
Longe perto
Da janela do avião
E eu tentava passar-lhe a mão e arrastá-la para mim
Para perto da brasa do peito
Para o meu querer poético de saber-me perto
e ela me atirava em queda livre
para bem longe dos astros,
do sorriso da lua,
da eloqüência do brilho
E eu sem graça admitindo:
– Brilho fugaz
É aí que eu te quero
Pra que eu seja poeta
E perceba-te sempre singelo