Madrugada...

A madrugada se aproxima

envolvendo as almas que ainda não adormeceram...

Traz um perfume suave, antigo como o firmamento

e chega entoando a melodia da quietude.

É um ritual que produz este clima

de serena contemplação

Há a sensação de suspensão do tempo

e o pressentir da incompletude

que preenche mansamente o coração...

Por fim, há uma pausa... Um sofrimento

que reconhece a virtude

e a necessidade do recolhimento.

Na cadência mansa desta melodia

rompe a lucidez do dia

querendo aos poucos se instalar

E eu, perdida em meio à poesia

deixo o coração à vontade

e finalmente vou descansar.

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 11/10/2011
Código do texto: T3270074