Madrugada...
A madrugada se aproxima
envolvendo as almas que ainda não adormeceram...
Traz um perfume suave, antigo como o firmamento
e chega entoando a melodia da quietude.
É um ritual que produz este clima
de serena contemplação
Há a sensação de suspensão do tempo
e o pressentir da incompletude
que preenche mansamente o coração...
Por fim, há uma pausa... Um sofrimento
que reconhece a virtude
e a necessidade do recolhimento.
Na cadência mansa desta melodia
rompe a lucidez do dia
querendo aos poucos se instalar
E eu, perdida em meio à poesia
deixo o coração à vontade
e finalmente vou descansar.